Dicas Essenciais para um Financiamento da Casa Própria, Rápido e Fácil mesmo com Nome Sujo
Você não precisa de todo dinheiro para conseguir comprar seu imóvel. Há muitas opções em um mercado que está estagnado ou em recessão, dependendo da localidade.
O grande “BOOM” imobiliário chegou ao fim no Brasil, mas deixou resquícios, pois ficou muito saturado com o excesso de investimento nesse setor.
Assim, há muitas obras já concluídas ou em fase de finalização, prontas para serem entregues, mas com diversas unidades ainda não vendidas.
Na época da explosão imobiliária, com o alto investimento nesse setor, também foi grande o apelo publicitário. Grandes construtoras não investem somente na construção de um projeto. Incluem também uma boa parte de seu investimento em publicidade.
Tentam vender todas as unidades já na planta, muito antes de terminar a obra e, em certos casos, até mesmo antes de iniciá-la, para já tentar obter mais dinheiro para financiar a construção.
Também há muitos grandes investidores envolvidos nesse negócio, que compram lastros imobiliários, como o LCI (Letras de Crédito Imobiliário) que nada mais é do que aplicar o dinheiro em uma espécie de poupança (renda fixa) e receber o juros após algum tempo.
Esse dinheiro dos investidores é uma das principais fontes de financiamento de grandes obras do setor de construção civil, além das próprias instituições financeiras que também oferecem empréstimos como forma de investimento em construtoras e incorporadoras.
Outro segmento comercial ligado diretamente com os imóveis são as imobiliárias, que recebem boas comissões que são porcentagens sobre altos valores de imóveis, logo, há muita gente vendendo e desejando o sucesso do ramo imobiliário.
Lembrando ainda que em cada imobiliária já há diversos corretores e ainda existem os corretores independentes ou corretores que pretendem abrir sua própria imobiliária assim que concretizam as primeiras vendas e recebem suas comissões, já na intenção de investir esse dinheiro no negócio próprio.
E os bancos, além de lucrarem com o empréstimo para as construtoras, também acabam lucrando com os juros das futuras vendas, aos compradores, que, em sua maioria, acabam financiando o imóvel.
Com tanta gente assim interessada no mercado dos imóveis, é óbvio que há uma publicidade massiva para tentar vender o máximo de propriedades possíveis.
Nesse embalo, muitos acabam comprando, ainda que não tenham se planejado o suficiente, muitos talvez nem necessitem, pois já possuíam um imóvel, mas acabam negociando o anterior para morar num maior, mais novo ou mais moderno, ou mesmo acabam antecipando uma compra e caindo no ditado de “dar o passo maior que a perna”.
Isso ocorre, pois nesse segmento, há uma certa facilidade de conseguir financiar um imóvel novo, afinal, se você não conseguir pagar, o banco irá pegar o imóvel de volta e vender para outra pessoa e não irá devolver nada do que você já pagou.
É de fato muito cruel, mas é a única garantia que o banco tem contra os inadimplentes, e a estratégia que utilizam para tentar oferecer o sonho da casa própria para o maior número possível de pessoas, sem se comprometer com grandes riscos.
Ainda assim, entretanto, fazem uma triagem, para garantir o mínimo de possibilidades de quitação do imóvel se não houvesse alteração no cenário econômico.
Por exemplo, liberam financiamento se você possuir pelo menos alguma fonte de renda segura que consiga comprovar, como um trabalho fixo, ainda que em empresa privada, para evitar um caos completo no mercado caso tenham grandes crises.
Na verdade, no momento da liberação do financiamento, acabam sendo ignoradas as possibilidades adversas, como perda do emprego, fechamento de empresas e demissões em massa, diminuição da renda familiar, aumento exponencial da inflação, ocasionando alta nos preços dos produtos básicos de consumo e aumento do custo de vida, entre outros fatores relevantes.
Então, durante uma crise mais agravada como a que estamos vivendo, o cenário é extremamente favorável a quem está no lado contrário da crise e não está sofrendo com problemas financeiros, como perda de renda ou emprego.
Os investidores e todos os negociadores ligados ao mercado imobiliário não querem ter prejuízo. E imóvel que não é vendido está com o dinheiro parado, sofrendo depreciação que é o desgaste natural da propriedade com o tempo, ainda que sem uso e, se a crise se agravar, ao invés de valorizar o valor do patrimônio, acaba sofrendo uma desvalorização.
Nesse momento a corrida contra o tempo se acelera. As obras que já estão concluídas ou prestes a serem entregues e ainda possuem muitas unidades não vendidas, o foco maior passa a ser ainda mais na publicidade e com redução de preços.
Se num mesmo empreendimento então há pessoas ainda mais desesperadas que adquiriram o imóvel financiado mas não estão conseguindo pagar, os preços tendem a ser ainda menores, pois esses proprietários tentarão vender por preços bem mais baixos.
Isso ocorre pois os proprietários endividados oferecem propostas de venda para repassar a dívida do financiamento e aceitam receber somente uma parte do que pagaram, para não perder tudo, já que pelo banco não recebem nada em troca quando não conseguem pagar o financiamento até o fim.
Assim, para compradores novos, isso é muito vantajoso. Podem comprar um imóvel novo com preço reduzido e condições facilitadas de financiamento, pois as vendas estão fracas, ou podem comprar diretamente de um proprietário endividado que pretende repassar a dívida e receber somente uma parte do que já foi pago.
Num exemplo prático, se um imóvel custa 300 mil e há moradores que já pagaram metade, ou seja, 150 mil, e não conseguiram dar continuidade aos pagamentos, eles tentam repassar o financiamento restante de 150 mil e aceitam receber somente 50 mil ou menos. Neste caso, você comprará um imóvel já com desconto de cem mil ou um terço do valor, pois é a parte que já foi quitada.
Se há imóveis de 300 mil sendo ofertados por 200 mil, então os empreendimentos também são forçados a abaixarem os preços, mesmo dos novos imóveis, que podem ser vendidos por 250 mil, por exemplo, ou até mesmo pelo valor idêntico ao preço de mercado de particulares.
Então, se você está sonhando com a casa própria e necessitando de dinheiro pois precisa realizar um financiamento, poderá encontrar ótimas alternativas, mesmo com o nome sujo.
Caso tenha uma forma de comprovação de renda, ainda que não seja o tradicional emprego fixo, mas faz bicos e possui um extrato bancário para comprovar alguma renda mensal ou emite notas fiscais de prestação de serviços, poderá conseguir um imóvel.
Para o valor da entrada, se não tiver disponível, poderá fazer um empréstimo, caso as duas parcelas se enquadrem em seu orçamento, ou seja, a parcela do empréstimo para dar a entrada e as parcelas do financiamento, somadas, precisam ser menores do que o valor da sua renda familiar, já incluindo uma margem para as despesas comuns do mês como alimentação, transporte, vestuário e as contas fixas.
Não conseguindo o empréstimo para dar de entrada, mas possui renda para arcar com as parcelas do financiamento, poderá tentar fazer um sacrifício maior vendendo algum bem, como um veículo, se possuir, para utilizar o valor para dar de entrada no imóvel, sem comprometer drasticamente sua rotina.
Nesse exemplo, se o veículo pode ser substituído pelo transporte público, ainda que somente por um tempo, até comprar outro veículo, pode ser uma boa alternativa. Já se morar num lugar de difícil acesso de transporte público ou depender do veículo para trabalhar, então não poderá fazer dessa forma.
Futuramente, poderá também pensar em financiar um novo veículo, afinal, você não terá parcelas do empréstimo do valor da entrada, já que vendeu seu carro e utilizou esse valor para dar de entrada no imóvel. Então, poderá assumir dois financiamentos: um menor para o automóvel e outro maior que já possuía que é o financiamento do imóvel.
Sempre estando alerta para não comprometer totalmente sua renda e não ficar endividado na situação das pessoas que necessitam repassar as dívidas somente para não perder seus bens.